SO... LIDÃO- Jocendir Bueno de Camargo

Boa noite meu amor,
Eu tenho tantos sonhos a te dar,
Carinhos para te afagar ,
E tua ausência a me machucar...

Quanta dor minha alma vive
Se tua ausência se faz presente,
Se seu sorriso esta distante
Dos meus olhos que vivem a chorar...

Sem teu vulto, sem tua voz,
Sem teu olhar, sem teu perfume,
Como acalmar meu desespero,
Que se faz presente ate em meu olhar...

Quanto mais te procuro, mais te perco
Quanto mais te quero, quanto mais te desejo
Mais sofre minha alma tua ausência,
Mais pesa em mim a solidão...

Sei que pareço um ladrão,
Roubo a paz do mundo com meu desespero,
Roubo as esperanças de sonhos alheios,
Na incerteza de te achar, de te encontrar...

Boa noite meu amor,
Já alta vai a lua,
Rondando o céu estrelado
Desesperada a querer te achar...

Vai o vento como tufão,
Cortando de norte a sul,
Numa imensa ilusão,
A querer acalmar meu coração...

Até mesmo as ondas do mar,
Que invadem os porões de naus,
Parecem que estão a te procurar,
Para meus sonhos embalar...

Tal mal, tua ausência, me invade
Me fere a machucar meu ego,
Vivo qualquer coisa insana ao pensar
Que, talvez, nunca vá te encontrar...

Sei que pareço um ladrão,
Roubo a paz do mundo com meu desespero,
Roubo as esperanças de sonhos alheios,
Na incerteza de te achar, de te encontrar...

Quem me dirá que estou errado
Por tão insano pensamento deixar
Que machuque minha alma e faça
Com insistência meu pranto rolar...

Quem me vê dirá: não ouça
E nem mesmo acredite em tão
Insano coração, que por só estar
Insiste em machucar minha emoção...

Sei que pareço um ladrão,
Pois insisto na minha dor,
A roubar a tua paz, e como louco,
Vagar errante nesse mundo enganador...

Nunca fui policia, nunca fui soldado,
Nunca numa guerra lutei, só paz desfrutei,
Até sua partida, só paz eu sonhei,
E agora vem o pranto, a dor e a solidão...

Poetas nâo rimam mais, nem ao menos sonham,
Vivem a imaginar como me alegrar,
Como cessar meu pranto, domar minha dor,
Curar a loucura da falta de seu amor...

Nem mesmo os rouxinóis cantam na serra,
E não cantam mais os bem-te-vis,
Todos calaram diante de minha dor,
A dor da ausência do seu amor...

A música e a melodia aguardam pelo dia
Que minha alma gritando dirá da alegria,
De encontrá-la e fazê-la minha,
Numa noite de fantasia e euforia...

Embora os meus olhos sejam,
Os mais tristes do mundo,
O que importa é que eles vejam,
O mundo onde estas...

E assim te encontrar,
E pela vida te amar,
E pela noite navegar
Nas ondas de teu mar...